A Viscondessa que Perdia a Cabeça
A Viscondessa que Perdia a Cabeça
O autor escreveu este texto, como afirma, "nas termas Kargal (Turquia) durante a semana que precedeu o falecimento do Papa João Paulo II", a quem, aliás, dedica o volume. numa prosa rimada graciosa e de boa qualidade literária, aqui se conta a história de uma viscondessa, cheia de soberba na terra, impediosa para com os seus criados, a cozinheira Rosalina, o hortelão Rufino. Um dia, morre e sobe ao céu, de carrinho, ao contrário do que é hábito referir-se, na sabedoria popular. Vem recebê-la um anjo que lhe serve de cicerone, naquele divino jardim de delícias espirituais. Descobre então, uma porção de riquíssimas moradias. Interrogando o anjo sobre os seus habitantes, este nomeia-os para grande pasmo da Viscondessa: o sábio e justo rei Balduíno da Bélgica; a Santa Madre Teresa; os sacrificados Rufino e Rosalina; um bando de meninos, onde avultam os pastorinhos de Fátima, Jacinta e Francisco. Um dos palácios encontrava-se, ainda em construção. Seria seu morador, o Papa João Paulo II. Pensando que a sua residência fosse semelhante à de todos estes, a Viscondessa acaba por se recolher numa miserável choupana, pois as casas do céu são construídas com as boas acções praticadas na terra. As ilustrações são magníficas.
(António Couto Viana 2006)