O Desdobrar da Sombra seguido de Fragmentos de um Labírinto
O Desdobrar da Sombra seguido de Fragmentos de um Labírinto
Prémio P.E.N. 2009 (Poesia)
“Mulher toda sal e espuma/filha e neta de altos
entes/companheira de arte-vida...”, assim a define
o grande poeta brasileiro Murilo Mendes.
Maria da Saudade (1884-1960) morou grande parte da
vida no estrangeiro, acompanhando no exílio seu
pai, Jaime Cortesão, até Paris (onde foi educada),
Madrid e Rio de Janeiro. Nesta cidade conheceu
Murilo Mendes, com quem veio a casar-se e
depois acompanhando pela Europa em missões
culturais. Em 1957 fixaram-se em Roma, onde,
durante 18 anos, a sua casa se tornou lugar de
referência para escritores e artistas plásticos.
Apesar destes itinerários, Maria da Saudade
conservou-se integralmente portuguesa, se bem
que muitos dos seus amigos fossem estrangeiros,
tais como Albert Camus, Carlos Drummond de
Andrade, João Cabral de Melo Neto e Luciana
Stegagno Picchio, ao lado de Sophia de Mello
Breyner e Maria Helena Vieira da Silva.
Do inglês traduziu, de Shakespeare, A
Midsummer Night’s Dream e, de T. S. Eliot, Murder
in the Cathedral; para o francês, uma antologia de
textos de Murilo Mendes, Office Humain.
.../...
Pássaro do Tempo reúne seis livros, que vão
desde O Dançado Destino, seu livro de estreia
(Prémio Fábio Prado de Poesia, São Paulo, 1952)
até No Tempo, onde há poemas já de 2002.
Os textos aqui reunidos com o título O
Desdobrar da Sombra, são de épocas e estilos
muito diferentes. Ao contrário de Fragmentos
de um Labirinto, que formam uma sequência
completa.